Resolvemos ir no ônibus das 9h30, pois o anterior saía às 7h45 e achamos que era muito cedo. Fomos para a rodoviária de ônibus (a tarifa custa cerca de 20 pesos) e “supresa”: o ônibus para Colonia estava cheio de brasileiros! A viagem toda leva mais ou menos 2h30 e apesar de ser um ônibus de viagem com poltronas numeradas, no caminho mais gente foi subindo e seguiu viagem em pé mesmo.
Na rodoviária da cidade tem um pequeno centro de informação ao turista onde pegamos os mapas. Vi que tem também armário para aluguel para quem quiser deixar a mochila por um dia, por exemplo.
Colonia del Sacramento é bem peculiar, pois sua origem é como uma colônia portuguesa e ela ainda guarda seus traços “portugueses”. É uma cidade bem pequenininha também, então um “bate-e-volta” é suficiente para conhecer tudo. Na verdade, lembro que quando fui para Buenos Aires em 2014, cheguei a querer incluir Colonia no roteiro, mas havia tanto o que se ver e fazer em Buenos Aires que a ideia morreu. Mas a hora havia chegado.

Há alguns museus na cidade e acabamos comprando um pass por 100 pesos. Na hora pareceu um bom negócio, mas 2 museus estavam fechados no dia: o Municipal e o Espanhol. O museu indígena é um andar apenas com exposições de rochas, o museu do azulejo é menor do que meu quarto de 14m² de Oulu e o que salvou foi mesmo o Museu Português, que não chega a ser grande, mas é o maior de todos e o mais interessante. Se soubesse de tudo isso antes, não teria comprado o pass.

Além dos museus, visitamos a famosa Rua dos Suspiros, uma rua em estilo português bem charmosa que ainda mantém suas pedras originais, andamos pelo centrinho histórico e pela orla.

Não fomos ao Plaza de Touros porque fica um pouco afastado do centro histórico e nem subimos no Farol (25 pesos), porque ele não é assim exatamente alto e não nos empolgou. Almoçamos num restaurante estilo fast food que não cobrava cubierto (todo que não cobram têm uma placa avisando). Aproveitamos também para comprar lembrancinhas, pois os preços estavam mais em conta do que em Montevideo. Andamos mais um pouco pela cidade, visitamos a igreja e já era hora de voltar para a rodoviária com praticamente todos os mesmos brasileiros que vieram com a gente na ida.
É uma cidade muito pequena, mas muito charmosa. Recomendo a visita e chega até a ser um passeio romântico, pois a cidade tem todo o clima. 🙂
Com as 2h30 de viagem de volta, chegamos tarde em Montevideo e voltamos direto para o hostel e nos preparamos para o dia seguinte.
No mapa que pegamos no aeroporto havia indicado vários museus espalhados pela cidade, então decidimos que iríamos visitar todos aqueles que fossem gratuitos. Começamos pelo Museu del Gaucho e y de la Moneda, que fica na 18 de julio. É um museu bem pequeno, mas interessante e a arquitetura em si já valeria uma visita.
Saindo do museu, continuamos seguindo pela 18 de julio e passamos pela Fonte dos Cadeados. Sabe aquela moda europeia de colocar cadeado em pontes? Pois é, no Uruguai os cadeados foram parar numa fonte mesmo! E a ideia é a mesma: colocar um cadeado com as iniciais do casal e o amor durará para sempre. Não sei vocês, mas eu sou mais deixar o cadeado bem aberto e que a pessoa fique comigo por vontade, não porque “o amor está amarrado”… haha!
Chegamos ao Parque Rodó depois de uma boa caminhada. É um parque simpático e tal, mas acho que pode ficar fora do roteiro se você for passar menos tempo na cidade. Não tem nada de especial nele.

De lá seguimos andando pelas ramblas, beirando a praia. Estava bem frio, então não tinha mesmo ninguém por lá, mas fiquei na dúvida se no verão as pessoas chegam a ir a praia para tomar banho e pegar sol. O objetivo andando por toda a rambla era chegar no bendito “Montevideo Sign“. Quase achamos que não encontraríamos, mas persistimos e chegamos até lá! E foi uma baita de uma caminhada!
Voltamos por Pocitos e paramos no Shopping Punta Carretas que ouvimos dizer ter sido uma prisão no passado, mas não há nada demais no local. Decidimos ir comer no Burger King para economizar… não poderíamos estar mais errados! Dois lanches comuns – que nem eram os mais caros – custaram 70 reais. Eh!
Seguimos voltando sentido ao hostel e paramos no Museu Nacional de Artes Visuais, que fica próximo ao Parque Rodó. O que mais me chamou atenção nele foi que muitos quadros têm uma versão para deficientes visuais. Jamais havia visto isso e achei sensacional.
De volta a 18 de julio, visitamos o Museu de História da Arte, que fica ao lado do prédio da prefeitura. Este museu é bem maior que os outros e tem 3 andares.
Vimos no mapa que havia um Museu do Automóvel na região também, mas quando chegamos lá descobrimos que estava fechado por tempo indeterminado. Fomos, então, ao Museu do Azulejo, que era bem maior do que o museu de Colonia del Sacramento.
Depois de muita caminhada e de visitar vários museus, encerramos o dia passando no supermercado para comprar ingredientes para mais um “macarrão com molho das viagens”. 🙂
Ah! Colonia Del Sacramento… ❤
Um daqueles lugares que você tem vontade de guardar num potinho. Encantador!
Fiquei curiosa pra conhecer Montevideo.
Sim, achei sua descrição de Colonia perfeita!
Montevideo é uma gracinha de cidade e os uruguaios, em geral, sempre muito gentis. Vale a visita e é pertinho!