Budapeste, Hungria IV

O último dia na cidade já começou com aquele aperto no coração, uma saudade do que ainda não havia terminado! Já disse que Budapeste é linda? 20160519_182804

Eu sempre faço walking tour quando visito uma cidade e, normalmente, é a primeira coisa que faço já para pegar dicas e conhecer melhor os principais pontos da cidade com um local. Mas em Budapeste eu acabei invertendo a ordem das coisas e o tour ficou para o último dia, já que no primeiro cheguei depois do horário do tour e no segundo dia combinei de encontrar a L.

O tour começa em frente a Basílica de São Estevão e desta vez nossa guia era uma local mesmo (muitas vezes, o guia é um estrangeiro que mora na cidade). A guia disse que a melhor vista da cidade é da torre da basílica – mas depois de subirmos na torre da Igreja de São Matias e na Citadella e poder ver os dois lados da cidade – Buda e Peste -, achamos que não faria muito sentido subir na basílica, então não posso confirmar se a dica da guia vale a pena. E apesar de a igreja ser a construção mais alta da cidade (96 metros), a Igreja de Matias está numa colina, então, em termos absolutos, está num nível bem mais alto. Outra curiosidade, é que dentro da basílica, supostamente, está a mão do rei Estevão. Há controvérsias se aquela é mesmo a mão dele, mas está lá para quem quiser ver.

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Seguindo pelas ruas, paramos na estátua acima. Já tínhamos passado por ela, mas com o tour descobrimos seu significado. A estátua do policial barrigudo está lá desde 1900 e reza lenda que foi feita em homenagem a um certo policial que patrulhava a região e era muito simpático. Diz a lenda também que o motivo de tanta alegria era comida e mulher (porque, lógico, você pode colocar mulheres na mesma categoria de comida, mas vamos adiante). E claro, há uma superstição envolvendo a estátua: dizem que se você esfregar a mão na pancinha dele, terá sorte no amor. Se passar a mão ajeitando o bigode, terá sorte na vida. Será que fiz um carinho nesta pancinha? 🙂

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Outra famosa estátua da cidade é a Pequena Princesa. Reza a lenda que havia esta princesa que nunca quis ser princesa e muito menos rainha. Ela usava as roupas de seu irmão e queria ser rei quando crescesse. Diz a lenda que esfregar as mãos em seus joelhos traz sorte e realização pessoal.

Entre uma parada e outra e dicas da guia, ainda no lado Peste, entramos na mais antiga linha de metrô da Europa continental, pois a guia queria nos contar sobre o pioneirismo húngaro que os deixa muito orgulhosos. É fato que já havia metrô em Londres quando, em 1896, começaram as obras em Budapeste, mas eles consideram somente a Europa continental, portando, as ilhas britânicas ficam de fora. É a mesma linha de metrô que nos levou a Praça dos Heróis no dia anterior.

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A linha mais antiga é bem diferente das demais de Budapeste, com trens bem pequenos e antigos, mas bem conservados. As estações também estão muito bem conservadas e vale a pena pegar o metrô nesta linha só para ver como são as estações e ter a experiência de andar no vagão.

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O tour continuaria seguindo para o lado Buda, mas nós já tínhamos subido a colina duas vezes e visitado tudo que nos interessava, então conversamos com a  guia e nos despedimos do tour na famosa Chain Bridge, que claro, também tem suas lendas e superstições.

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A ponte ficou pronta no fim do século 19 para ligar os dois lados da cidade, divididos pelo Rio Danúbio. Reza a lenda que quem mandou fazer a ponte só o fez porque quando seu pai estava no leito de morte, ele não conseguiu cruzar o rio de barco por ser muito perigoso na época e, portanto, não pode se despedir de seu pai. Ele jurou que terminaria a ponte para que nenhuma outra família tivesse que passar por isto. Outra versão diz que ele tinha uma amante do outro lado do rio e só queria uma forma de atravessá-lo mais rápido. A ponte tem 4 leões, cada um guardando um lado da ponte. Outra lenda (cidade cheia de histórias, não?) conta que o responsável por esculpir os 4 leões estudou a anatomia do animal por anos, os observando no zoológico, e quando tudo ficou pronto, ele desafiou que encontrassem algum defeito no seu leão – se alguém apontasse algo, ele se mataria. Infelizmente para ele, um menino disse que os leões não tinham língua e percebendo seu enorme erro, ele teria se jogado no Danúbio. Como os leões têm língua (que só podem ser vista de um ângulo mais alto), esta história realmente não passa de uma lenda.

Ao nos despedir do tour, seguimos para o Parlamento Húngaro, mas só para observar do lado de fora. O valor do ticket para não europeus é 5400 florins (18 euros), o que é absurdamente caro para os padrões da cidade! Europeus pagam bem menos do que isso, mas por enquanto, eu tenho só o passaporte de capa azul, então…

O Parlamento de um ângulo alternativo
O Parlamento de um ângulo alternativo

Estava um lindo dia e seguimos andando pela margem do Danúbio até chegarmos nos Sapatos no Danúbio, uma escultura em memória dos judeus húngaros que foram mortos no local – eles eram levados até a margem do rio, tinham que tirar seus sapatos e levavam um tiro. O rio levava os corpos embora.

Triste
Triste

O último dia em Budapeste estava acabando, mas o final da viagem fica para o próximo post. 🙂

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Moscou – walking tour, catedrais e segurança

Para ir do aeroporto até Moscou, pegamos um trem expresso, porque achamos que esta fosse a única opção, mas depois descobrimos que tem como ir de transporte público também, que é mais barato (fica pro último post da cidade). O expresso leva uns 35 minutos e custa 470 rublos na hora ou 420 pela internet. O trem é confortável e tem wifi.

Diferente de São Petersburgo, em Moscou tudo está somente no alfabeto cirílico. Como fazer para achar nomes de rua e as estações de metrô? Bem, o R. aprendeu a ler o alfabeto antes de ir, o que facilitou muito nossa vida, mas o que eu fazia era enxergar o nome como um desenho e lembrar de letras “chave”. Pode soar infantil, mas eu decorava que a estação que eu precisava ir começava com um “3” e tinha um “N invertido” no meio e terminava com um “R ao contrário” e assim segui a vida nos 4 dias que passei por lá. Isso quando eu não “lia do meu jeito” e fazia soar com alguma palavra em português ou inglês. #ficadica

E mesmo que você leia em alfabeto cirílico, o metrô de Moscou é um labirinto de linhas, cores e estações! Nós não nos perdemos para chegar na estação mais próxima do hostel, mas precisamos fazer uma baldeação e por causa da sinalização ruim, ao invés de mudar de linha como achávamos que estávamos fazendo, saímos do metrô e precisamos comprar outro ticket para entrar! E Moscou é bem mais cara, então enquanto uma viagem custava 31 rublos em São Petersburgo, lá custava 50. A dica que a recepcionista do hostel nos deu depois é comprar um cartão que eles chamam de Troika.

Troika
Troika

Você paga um depósito de 50 rublos pelo cartão, que será devolvido quando você devolvê-lo, e a passagem de metrô que custava 50 rublos sai por 28 com ele, ou seja, funciona mais ou menos como o Oyster de Londres.

O hostel e o susto

Foi difícil achar o hostel e só não ficamos horas rodando porque eu tinha o mapa impresso do Google com a estrelinha em cima de onde deveria ser o local (sempre imprimam o mapa da região da acomodação com a estrelinha em cima). Assim como em São Petersburgo, tem vários lugares com uma entrada que dá para um pátio aberto e vários prédios. O problema é que o número do hostel não estava na fachada que dava para a rua e só achamos o bendito mesmo porque seguimos o mapa e a intuição. Quando abrimos a porta do prédio nos deparamos com uma cena que eu custei a acreditar.

Vejam vocês mesmos
Vejam vocês mesmos

Parecia que tínhamos entrado num prédio abandonado ou como foi minha piada nos 4 dias, estávamos num “prédio da época de Dostoiévsky”. Subimos 3 lances de escada num prédio que obviamente precisava de uma reforma, cheirava a infiltração (sim, tem cheiro, eu sinto) e bem, eu já queria sair correndo. No último andar, tocamos a campainha, a porta se abriu e o interior do hostel nada tinha a ver com o restante.

Apresentável até.
Apresentável até.

Fizemos o check-in, fomos ao mercado comprar alguma porcaria comida congelada para jantar (e se eu achava difícil fazer compras de mercado em finlandês era porque nunca havia feito em russo) e fomos dormir no nosso quarto compartilhado onde, sim, havia um russo residente (que, literalmente, dormia de calça jeans – russos!).

Eu comentei que foi difícil achar hostel bom em São Petersburgo, pois foi ainda pior em Moscou e no fim, eu literalmente optei pelo que tinha menos reviews negativas. O Comrade Hostel é muito bem localizado e dá para ir a pé a quase todas as principais atrações, tem metrô, supermercado e restaurantes perto e, no geral, era limpo, organizado e confortável e o staff foi muito bacana. Mas o prédio onde ele está é realmente de chorar.

O walking tour

Fomos ao ponto de encontro e uma russa menor que eu (sim, é possível) foi nossa guia. O walking tour começa em frente a um monumento de dois homens, Cirilo e Metódio, dois santos que, segundo nossa guia, são os responsáveis pela criação do alfabeto cirílico, que tem 33 letras.

Os tais
Os tais

A guia foi contando algumas histórias até chegarmos na Praça Vermelha, algo de praxe no tours. Quando lá chegamos, mais histórias sobre a Praça Vermelha, o Kremlin e a Catedral de São Basílio. Fizemos uma pausa e entramos no famoso shopping GUM, construído no final do século 19. Era época de Natal e a decoração do shopping estava incrível, aliás, Moscou estava incrível e vocês sabem que eu não curto Natal e não ligo pra isso, então se eu estou falando que estava sensacional, acreditem, estava! Tomamos um sorvete maravilhoso lá (50 rublos, bem menos de 1 euro).

Um pouco exagerado, fato, mas lindo
Um pouco exagerado, fato, mas lindo

O que achamos um pouco estranho é que todas as entradas do shopping tinham um detector de metais e um segurança e ninguém entrava sem ter bolsas/mochilas revistadas. No começo eu não entendi se sempre tinha sido daquele jeito ou não, mas conversando com conhecidos que já viajaram para lá, entendi que era recente. Lembrando que o GUM fica na Praça Vermelha a alguns metros do Kremlin e bem, infelizmente a Rússia era/é um possível alvo de ataques terroristas e faz sentido todo o esquema de segurança, apesar de um pouco assustador.

De lá o tour seguiu e acabou em frente ao Jardins Alexandrovsky, onde a cada hora acontece a troca da guarda. Eu gostei do tour, mas achei a guia um pouco too much. Ela se mostrava a todo momento muito orgulhosa do seu país e cidade, o que é ótimo se você é um guia, mas ela se mostrava ainda mais orgulhosa de ter nascido em 1988, portanto, ainda na União Soviética – e ela citou isso várias vezes. Enfim, um walking tour é sempre legal para conhecer a região turística e pedir dicas e no final deste, eles dão um folheto com várias informações úteis.

Bem onde o tour terminou tem um shopping subterrâneo e como eu nunca havia visto isso, achei super legal. O R. e eu resolvemos entrar para almoçar e fomos no My-My (lê-se “mumu”), um restaurante famosinho na cidade. Também é um restaurante com aquela comida russa do dia-a-dia e tem um preço muito acessível. O lado ruim? É um buffet como o Market Place, o restaurante de São Petersburgo, que o funcionário serve a comida no seu prato e a cobrança é feita por porção (que é cuidadosamente pesada) e os funcionários não têm assim muita paciência para te deixar escolher. Eu me senti intimidada pelo funcionário que berrou comigo impaciente querendo saber qual tipo de carne eu queria.

My-My
My-My

A refeição para duas pessoas saiu por menos de 700 rublos, o que daria uns 8 euros e pouco, e a comida é bem gostosa.

De lá passamos no GUM novamente para trocar mais rublos. Eu troquei alguns rublos no meu banco ainda em Oulu e levei euros em espécie para trocar mais lá. A cotação é a mesma do banco, porque ambos trabalham com a cotação oficial do dia, aparentemente, mas no fim saiu mais em conta trocar lá porque o rublo começou a se desvalorizar depois que troquei na Finlândia. Riscos que a gente corre, né?

GUM decorado para o Natal
GUM decorado para o Natal

Fomos visitar a Catedral de São Basílio, que acredito que seja essa a imagem que todo mundo tem na cabeça quando falamos de Rússia: uma igreja ortodoxa super colorida. O interessante da catedral, segundo a guia do walking tour, é que ela forma uma estrela de Davi e, na verdade, são 8 igrejas ao redor de uma maior, sendo que cada torre é uma igreja e tem um nome. A catedral foi construída em 1560 e, originalmente, nem era assim todo coloridona, mas branca (para combinar com a Praça Vermelha que nem sempre foi vermelha) com as torres douradas, assim como a Catedral de Cristo Salvador, também em Moscou.

A catedral
A catedral e os turistas

É uma igreja interessante de se entrar e o ingresso  é barato, principalmente se puder pagar valor de estudante. Havia até um coral na igreja principal e ficamos um tempo assistindo.

Quando saímos já estava escuro, mas bem frente a catedral estava montado um Christmas market muito legal e bem agitado. Demos uma passadinha e voltamos ao shopping subterrâneo para jantar – um Burger King mesmo. À noite tudo estava ainda mais lindo, então caminhamos de volta para o hostel olhando a pomposa decoração de Natal da cidade.

Diz se ela essa bola bem perto do Kremlin não estava sensacional?
Diz se ela essa bola gigante bem perto do Kremlin não estava sensacional?

 

 

São Petersburgo – imigração, walking tour e o forte

Quando eu ainda morava na Irlanda, namorei muito ir para a Rússia. Num certo momento, estava tudo planejado, já até tinha visto o caminho mais louco barato de se chegar lá saindo de Dublin e aí a pessoa que ia me acompanhar deu pra trás. Eu já viajei sozinha e sei me virar, mas na época me deu medinho. Afinal, russos, né?

Assim que cheguei aqui na Finlândia, voltei a namorar a ideia, já que pra mim não fazia sentido nenhum eu morar no país vizinho, matar meus classmates e os finlandeses de inveja porque não preciso de visto para entrar lá e não visitá-la. Então, ficou decidido que o destino das férias era esse, mesmo correndo o risco de se aventurar pelo temido inverno russo. Ah, e Helsinki só entrou no roteiro porque eu teria que passar por lá de qualquer forma, então, por que não conhecer a capital, não é mesmo?

A forma mais em conta de ir para lá é de ônibus e não tenho do que reclamar! A Lux Express oferece ônibus novos, super confortáveis, com wifi, tomada, TV individual com muitas opções de filmes, séries, música e jogos e ainda bebidas quentes à vontade como chá, café, chocolate quente e cappuccino e, enfim, o ônibus realmente me surpreendeu. A viagem foi de madrugada e é claro que dormir dentro de um ônibus nunca vai ser tão bom como a própria cama, mas foi uma viagem de 7h razoavelmente confortável.

A imigração

Quando entramos no ônibus, o motorista confere o nome no passaporte, checa o visto, se for o caso, e entrega o cartão de imigração. O cartão tem duas vias iguais que devem ser preenchidas com as informações pessoais, motivo da viagem e duração da estadia.

Cartão de imigração - imagem do Google
Cartão de imigração – imagem do Google

Quando cruzamos a fronteira, o ônibus parou e todos descemos. Os oficiais checaram nossos passaportes apenas e não pediram para ver o cartão de imigração. O R. tem cidadania portuguesa, portanto, dois passaportes. Na nossa inocência, achamos que bastaria mostrar o brasileiro, já que com o português ele precisaria ter visto. O oficial pegou seu passaporte de capa azul, folheou e como não viu nenhum visto de nenhum país europeu (tipo, como ele entrou na Europa e não tem carimbo?), olhou pra cara dele muito intrigado e perguntou por onde ele havia andado. O R. ficou meio nervoso e eu me intrometi (claro) explicando que ele não tinha nenhum visto no passaporte porque também era cidadão português. No fim, o oficial apenas disse que ele sempre deveria apresentar os dois passaportes em situações como essa e deu tudo certo. Ufa.

Voltamos ao ônibus, andamos mais uns metros e descemos novamente. Eu achava que havia passado pela imigração, mas era só uma checagem de passaporte, imigração mesmo era naquela hora. Com imigração não se brinca nem vacila, então sou dessas que sempre entrego os documentos obrigatórios, vou entregando outros se o oficial pedir e respondo perguntas da forma mais sucinta e objetiva possível. Entreguei meu passaporte e cartão de imigração, a oficial ficou eternamente digitando algo e conferindo meu passaporte, comparou a foto com minha cara minuciosamente, até me pedindo para tirar os óculos. Finalmente me devolveu a outra via do cartão de imigração sem me explicar que eu deveria guardar aquilo como minha vida, pois deveria devolvê-lo na saída. Eu tenho vários conhecidos que já estiverem na Rússia e, felizmente, eles me falaram que preciso não só guardar esta via comigo até sair do país, mas estar sempre com ela, pois qualquer policial pode pedir pra ver seus documentos sem nenhum ou por qualquer motivo, então é sempre bom estar com o passaporte e o cartão em mãos. Felizmente, ninguém me parou em lugar nenhum, mas posso dizer que os dois só se separaram de mim pra eu tomar banho em todo tempo que estive no país.

Não bastasse ter o passaporte checado duas vezes, quando voltamos ao ônibus, um terceiro oficial entrou e checou se todos tinham o visto de entrada (ou eram russos). Foi chatinho, mas tranquilo para quem não deve nada. E eles não pediram comprovação de hospedagem, dinheiro ou da passagem de saída do país.

Chegamos em São Petersburgo por volta de 5h30 da manhã, pegamos o metrô e seguimos para o hostel. Felizmente para os turistas, todas as estações de metrô têm o nome escrito no alfabeto latino, o que torna a viagem bem mais fácil, mas ainda assim, todos os anúncios são só em russo.

São Peter arrasando já no metrô
São Peter arrasando já no metrô

O hostel

Chegamos no hostel super cedo, tomamos um banho e cochilamos até às 10h, porque o walking tour começava às 10h45. Foi muito difícil procurar hostel na Rússia, acho que o país mais difícil até hoje! Eu costumo fazer reserva pelo Hostel World e seleciono para mostrar pelo preço (porque se fosse pra pagar caro, eu ficava num hotel, né?), em seguida olho a nota geral e a localização e, finalmente, olho as reviews, especialmente as ruins, para poder escolher a melhor opção. Não tinha um hostel em São Petersburgo inteira que não tivesse reviews negativas, sendo que as principais reclamações eram “russos morando no hostel”, “hostel difícil de ser encontrado”, “staff despreparado” e, pasmem, “tentando passar a perna nos hóspedes”, pra citar algumas. Escolhemos o Simple Hostel, porque foi o que pareceu “menos pior” e a escolha foi certeira. É um hostel pequeno, tranquilo, limpo e super bem localizado. Tivemos só um inconveniente com ele, mas isso é assunto pra depois.

O corredor do hostel
O corredor do hostel

O walking tour

Apesar de estar fazendo uns 7 graus no dia, o que é super quente pra dezembro na Rússia, venta muito na cidade e deu um friozinho! Por um lado, tivemos a sorte que nos 3 primeiros dias não pegamos temperatura negativa, por outro, pegamos dias cinzentos e feios. Eh, não se pode ter tudo. E como é inverno, não tinha muita gente no walking tour também e dos que tinham, metade era do Brasil. Eh.

Nosso guia, Vlad (e agora não sei se esse é realmente o nome dele ou se ele queria usar o nome mais russo de todos), era muito simpático, com um inglês impecável, deu muitas dicas e ainda nos deu tempo para tirar foto (e se oferecendo para tirá-las até), o que achei muito legal e nunca vi em walking tour nenhum!

Hermitage
Hermitage

O tour começa em frente ao Museu Hermitage, onde o guia conta sua história e peculiaridades. Passamos por algumas igrejas e monumentos e o guia sempre falando da história russa e da cidade. São Petersburgo não é aquela cidade tipicamente russa que vem a cabeça – não tem as igrejas ortodoxas todas coloridas, por exemplo, já que a ideia era que ela tivesse um estilo mais europeu, ou seja, há quase nada do que pensamos de arquitetura tipicamente russa.

Passamos em frente ao Palácio de Strogonov, o nome da família que originou o strogonoff, onde hoje é um museu. O guia explicou um pouco à respeito, mas o museu é sobre a história da família, não da comida, ok? hehe…

Palácio de Strogonov
Palácio de Strogonov

O tour terminou em frente a uma das catedrais da cidade, o guia nos deu mais algumas dicas e eu não falei muito do que vimos, porque no dia seguinte fomos nos pontos turísticos para visitá-los e nos próximos posts eu conto! Gostei muito do tour e recomendo para quem for à cidade. Como acabou perto das 14h e sabemos que viajar no inverno por esses lados significa ter dias muito curtos e estava escurecendo lá pelas 15h30, resolvemos segurar a fome e almoçar depois de visitar o Forte de Pedro e Paulo para aproveitar melhor enquanto ainda estava claro.

A presepada e o forte

Eu incluí no roteiro o nome da estação de metrô mais próxima do forte e como chegar lá, mas por algum motivo não muito claro, que pode ter sido desde o nome no alfabeto cirílico até o fato de termos tido uma noite mal dormida ou confundido o mapa das linhas de metrô, mas conseguimos descer na estação errada. E pedimos informação na rua – quem disse que russo fala inglês? – e as pessoas não sabiam onde era, o que achei muito estranho, porque é uma atração turística! Erramos o caminho, atravessamos ponte que não era pra ser atravessada, voltamos, andamos no sentido errado, voltamos, até que percebemos que a fortaleza estava no lado completamente oposto e andamos muito até chegar lá – o que até poderia ter sido uma caminhada agradável se 1- fosse verão, 2- não estivesse ventando pra caramba e 3- as botas que eu estava usando não estivessem assassinando meus pés.

Quando finalmente chegamos ao forte já estava escuro e eu já estava com tanta raiva que queria mandar aquela ilha pra Marte! Mas enfim, estávamos lá e tínhamos que conhecer o local. O forte foi fundando em 1703 para proteger a cidade de um eventual ataque sueco, mas no fim das contas ele nunca foi usado para este fim e serviu como prisão por algum tempo. Hoje é uma atração turística e conta com uma catedral, alguns museus e uma prisão desativada.

Catedral
Catedral e minha falta de habilidade de usar uma câmera

Todas as atrações são pagas e decidimos entrar apenas no Museu da Tortura, apesar que acho que teria sido mais interessante ter visitado a prisão. De qualquer forma, não tínhamos muito tempo  para ver outras coisas por causa da presepada de termos nos perdido e chegado lá já perto da hora de fechar. Com certeza a visita teria sido melhor se estivesse ainda claro e, de preferência, ensolarado.

Saímos do forte, desta vez indo para a estação de metrô que, de fato, era a mais próxima. Fomos até a Nevsky Prospekt, a rua principal, e almoçamos/jantamos num restaurante super bacana e com preço de McDonald’s aqui na Finlândia.

Delicinha
Delicinha – e um robert

Este restaurante vende comida russa – duh, parace óbvio, mas em grandes cidades a gente acha restaurante do mundo todo! É uma mistura de buffet com restaurante por kilo. Cada porção tem um valor, então o cliente diz o que quer, o atendente coloca no prato a porção (que eles pesam numa balança) e no caixa é cobrado o valor total. A comida estava deliciosa e voltamos ao hostel mortos de cansaço, prontos para descansar bem para o dia seguinte turistando em São Petersburgo.

Arroz, frango e batatas
Arroz, frango e batatas

Helsinki – catedrais, Sibelius e walking tour

No segundo dia em Helsinki não demos tanta sorte com o tempo: embora não estivesse frio (+-7 graus), o céu estava cinza e feio e uma chuva fina caía de tempos em tempos. Por outro lado, ficamos felizes que as coisas deram erradas no dia anterior e visitamos Suomenlinna, pois com certeza a visita não teria sido tão prazerosa no clima daquele dia.

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Posso postar só mais uma foto do dia lindo na ilha? 🙂

Desta vez chegamos cedo no centro e fomos na Igreja Ortodoxa de Helsinki. Eu comentei no post anterior que a Finlândia sempre esteve sob o domínio da Suécia ou da Rússia até 1917 e foi no período de dominação russa que esta igreja foi construída.

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Com este céu cinza até parece cena de filme de terror!

O nome da catedral é Uspenski e ela foi construída em 1868, inspirada nas catedrais de Moscou. A visitamos num domingo de manhã e apesar de estar havendo serviços religiosos, a igreja não estava fechada ao público em geral, só precisamos, obviamente, respeitar os fiéis. Nesta igreja não é permitido entrar com a cabeça coberta e, bem, eu jamais havia entrado num igreja ortodoxa antes e achei peculiar a missa. Primeiro, não há cadeiras e durante todo o tempo que estivesse lá dentro, cerca de 20 minutos, o padre (reverendo?) e os fiéis cantavam e diversas vezes faziam o sinal da cruz, mas um pouco diferente de como os católicos apostólicos fazem. Ao terminarem o sinal, fazem uma espécie de saudação inclinando o corpo.

De lá fomos a Catedral de Helsinki, a pomposa igreja luterana no topo de uma enorme escadaria. No caminho passamos por uma ponte cheia de cadeados (isso é moda aqui na Europa e já vi em vários lugares) e morri de rir quando vi a mais sincera declaração de amor daquela ponte. Apenas quero postar esta foto e compartilhar este fun moment com vocês. Brigada eu.

Food!
Food!

Voltemos a catedral. A construção terminou em 1852, num período em que a Finlândia ainda estava sob domínio da Rússia e, aliás, foram os russos que mudaram a capital do país, pois até 1812 – quando ainda estava sob domínio sueco -, a capital era Turku. Apesar de então o país ser um grã0-ducado, os russos era mais tolerantes e por este motivo pode ser construída uma igreja luterana. A entrada é gratuita, assim como na igreja ortodoxa.

Foto tirado no dia anterior - muito mais bonita com o céu azul atrás
Foto tirado no dia anterior – muito mais bonita com o céu azul atrás

Saímos da igreja e fomos aguardar o início do walking tour na escadaria. A guia era uma italiana que morava na cidade há 3 anos. Sendo muito sincera, não há muitos sights na cidade, então o tour se resumiu em passarmos por prédios com alguma história e ouvirmos sobre eles e a história de Helsinki e da Finlândia em geral. A guia falou sobre a catedral de Helsinki, depois fomos para a Catedral Uspenski e entramos novamente (se soubéssemos disso, talvez nem teríamos ido antes). De lá fomos ao porto, de onde saem as balsas para Suomenlinna, e aprendemos um pouco sobre um prédio projetado pelo famoso arquiteto finlandês Alvar Aalto.

Projetado por Alva Aalto, o Niemeyer finlandês
Projetado por Alvar Aalto, o Niemeyer finlandês

Todo walking tour, em algum momento, faz um break para dar uma descansada e nos deixar absorver toda  informação e, normalmente, o guia nos leva a um café ou algo do tipo, também para quem precisa ir ao banheiro ou quer beber algo. Achei muito estranho a guia nos largar deixar ali no porto e pedir que a encontrássemos em 20 minutos numa estátua X que não passamos em frente e dando apenas as direções para quem quisesse usar o banheiro num outro lugar X. Ela fez isso e sumiu!

O tour estava bem cheio para um dia de inverno
O tour estava bem cheio para um dia de inverno

Aproveitamos que o break foi no porto, onde no dia anterior vimos uma barraca que vendia comida finlandesa, e resolvemos ir lá comer a carne de rena e não nos arrependemos! É claro que não era nenhum restaurante chique, era comida de rua mesmo, mas comemos a carne de rena sim e estava uma delícia! Custou só 10 euros e matamos a vontade.

Almôndegas de rena com vegetais e molho de cranberry
Almôndegas de rena com vegetais e molho de cranberry

Depois de comer, ficamos um pouco perdidos procurando onde a guia estava, mas no fim deu tudo certo. O tour continuou por outros ponto que, enfim, não são assim super interessantes. A guia contou mais um pouco da história, deu umas dicas de passeio e foi isso. Está longe de ser o melhor walking tour que já fiz, mas vamos combinar que a cidade também não ajuda tanto. O walking tour acontece apenas aos finais de semana ao meio-dia.

Uma das dicas da guia, aliás, foi a roda-gigante aí embaixo. O passeio custa 12 fucking euros e há uma cabine VIP com champagne e tudo mais por um valor bem mais alto. Não nos animamos com a atração, mas até aí tudo bem, o engraçado foi quando ela nos disse que a ideia é que ela fosse para Helsinki o que London Eye é para Londres. Pare, apenas pare. De todo modo, para quem quiser visitar, há informações aqui.

"Helsinki" Eye
“Helsinki” Eye

Inverno na Europa é sinônimo de dias curtos e em Helsinki estava escurecendo por volta de 16h, o que era ótimo comparado às 14h de Oulu, mas ainda assim, isso limita muito os passeios e é preciso planejar bem. Para  tentar aproveitar os últimos minutos de claridade, seguimos ao Monumento Sibelius que fica um pouco mais afastado do centro, mas não dá 10 minutos de ônibus.

Jean Sibelius é o mais famoso compositor finlandês e em 2015 estavam comemorando 150 anos de seu nascimento. Ele é tipo o Beethoven finlandês e compôs algumas sinfonias. Preciso parar de comparar os finlandeses com outras nacionalidades, senão parece que eles não têm identidade ou que ninguém sabe nada sobre eles. Tal é sua relevância, que em 1967 o monumento foi feito em sua homenagem. Fica em um parque e talvez por ser fim de tarde de inverno, o local estava bem vazio.

Aí quando eu acho que estou arrasando nas fotos, sai isso. Enfim, o monumento.
Aí quando eu acho que estou arrasando nas fotos, sai isso. Enfim, o monumento.

Voltamos ao centro e tentamos ir ao Museu de Helsinki, que é gratuito. O problema é que ele estava fechado para reforma. Então seguimos para o Museu Nacional da Finlândia. A entrada no museu é gratuita toda sexta-feira das 16h às 18h e nossa ideia era visitá-lo no dia que chegamos, mas o horário ficou muito apertado, então não deu. O preço normal é 10 euros, mas com a carteirinha de estudante pagamos 7. No andar térreo havia uma grande exposição sobre o Sibelius, justamente por causa dos 150 anos de seu nascimento. Nos andares seguintes, vimos um pouco da vida dos finlandeses através dos tempos e também do povo Sami, uma etnia considerada nativa aqui. O museu estava muito vazio, o que até dá assim um desânimo, mas no geral é interessante e seria ainda mais se tudo lá estivesse traduzido em inglês para eu entender do que se tratava!

Terminada a visita, voltamos para a casa da R. para pegar nossas mochilas, voltamos ao centro para jantar e aguardamos no terminal o ônibus que nos levaria ao nosso próximo destino.

Concluindo…

  • Helsinki está longe de ser uma das capitais europeias mais interessantes de se visitar. É claro que há o que se fazer: tem muitos outros museus (mas por causa do tempo, escolhemos apenas um) e com certeza a vida noturna deve ser agitada, mas eu realmente não tenho interesse nesse tipo de turismo quando viajo. Talvez seja melhor vir no verão, quando o dia é bem mais longo e os parques se tornam lugares mais agradáveis. Mas, para ser sincera, eu não ficaria muito feliz se tivesse escolhido visitar Helsinki vindo de um lugar mais distante.
  • O transporte é bem eficiente, porém caro. Compensa muito fazer o Day Ticket se precisar pegar o ônibus com frequência, já que o ticket custa 3 euros dentro do transporte e 2,50 se comprado numa máquina.
  • Acomodação é muito cara. Se não souber fingir ser ryco, faça couchsurf como eu.
  • Comida e comer fora também é muito caro, algo que já estava acostumada vivendo em Oulu. Prepare o bolso.
  • Todo mundo fala inglês em Helsinki, mas nem todas as informações escritas estão em inglês também. Mas você vai sobreviver muito bem sem saber falar finlandês.
Lindo por do sol em Suomenlinna
Lindo por do sol em Suomenlinna

Lisboa – Castelo de São Jorge e walking tour

Chegamos em Lisboa à noite depois de umas 3h de viagem de trem. O trem era muito confortável e tinha sinal wifi (muito importante quando você está viajando). Vale lembrar que quando eu estava pesquisando como iria de Porto a Lisboa, eu não conseguia achar de jeito nenhum o site português que a Bárbara havia me indicado para comprar os tickets. Escrevia no Google “trem Lisboa Porto” e não aparecia nenhum site da terrinha. Aí, quando pedi o link direto pra Bárbara, morri de rir do motivo que o Google “estava falhando”: eu deveria ter digitado “comboio” e não “trem”. E olha que, teoricamente, falamos a mesma língua, né?

Eu fiquei no Yes! Hostels, que fica muito bem localizado perto da Praça do Comércio e do metrô, além de todo o staff ter sido muito simpático e prestativo! Aliás, quando fui fazer o check-in, o rapaz da recepção me perguntou se eu era de família portuguesa, porque meu nome era muito português… parece que meu sobrenome em Portugal é tipo Silva no Brasil. O hostel era muito limpo e o quarto muito bonitinho, com cortininha em todas as beliches para dar mais privacidade. O lado ruim eram os banheiros. No andar que eu estava tinham uns 4 quartos e apenas um banheiro com chuveiro e sanitário e outro com dois chuveiros e dois sanitários. Pelo menos, tinha uma pia dentro do quarto.

Para começar o dia, tomamos um bom café-da-manhã (que era bem servido, com direito a fruta e iogurte) e fomos ao ponto de encontro do walking tour, no Monumento de Camões!

Camões
Camões

O guia tinha um inglês impecável! O tour nos levou a história do famoso bairro do Chiado, aos pontos importantes relacionados à Fernando Pessoa (como a casa onde ele nasceu), prédios antigos decorados com os tradicionais azulejos portugueses, locais relacionados ao grande terremoto que devastou Lisboa em 1755 e aprendemos a diferenciar as construções que sobreviveram ao terremoto e àquelas que foram construídas depois dele – uma questão de arquitetura. Foi uma boa aula de história e passamos por lugares muito interessantes até chegarmos ao ponto final do tour, a Praça do Comércio.

Pessoa
Pessoa

O guia ainda incluiu os turistas, no caso eu também, em alguma representações para ilustrar os relatos históricos que ele explicava, porém, o achei um pouco sério e meio sem graça, apesar de achar o tour em si bom.

Praça do Comércio
Praça do Comércio

Ficamos um pouco na Praça do Comércio, pois estava um belo dia de sol e estava até que gostoso sentar lá e observar o mar. De lá, resolvemos conhecer um pedacinho de Lisboa chamado Alfama. Alfama é um bairro com cara de aldeia medieval, cheio de ruelas e labirintos, devo dizer. Tem muito restaurantes e casas de Fado, mas devo confessar que não gostei muito. Primeiro porque é realmente muito difícil andar pelo bairro – as ruazinhas vão fazendo curvas e você perde a noção de localização, além do que mesmo quando a rua não faz curva, é mesmo difícil andar por lá. Segundo porque, a meu ver, as ruas estavam cheias de pessoas estranhas, apesar deste link aqui dizer que é um dos lugares mais seguros de Lisboa. Confesso que fiquei muito aliviada quando me vi fora do labirinto. Talvez teria sido melhor e mais interessante tentar visitar o bairro com um guia, já que eles oferecem walking tour da região, mas isto não estava no meu roteiro e nem havia tempo.

Alfama
Alfama

De lá passamos pelo Panteão Nacional, uma construção muito bonita que hoje abriga os túmulos de ex-presidentes e oferece uma visão 360º da cidade, porém, não tivemos interesse em entrar, especialmente porque há vários pontos da cidade de onde é possível ter uma boa visão de Lisboa. De lá, seguimos para o Castelo de São Jorge. A entrada custou apenas 5 euros, já que minha carteirinha de estudante da USP foi aceita – o preço normal é 8,50.

Panteão Nacional
Panteão Nacional

Um pouco antes de chegar ao Castelo, passamos por um miradouro com uma ótima vista da cidade. Aliás, vocês vão perceber que Lisboa is all about miradouros e mesmos as atrações turísticas não seriam tudo o que são se não fossem a vista que oferecem! Assim que se entra no Castelo de São Jorge, por exemplo, já tem uma lindíssima vista.

Fomos presenteados com uma belo pôr-do-sol quando saímos!
Fomos presenteados com um belo pôr-do-sol quando saímos! #nofilter

O castelo em si se resume a muitas e muitas muralhas, não há salas ou aposentos a serem visitados. Fica no ponto mais alto da cidade e as partes mais antigas do Castelo são do século 6. Era uma residência real dos Mouros até que foi tomado pelos portugueses no século 12. A visita mesmo inclui os jardins e as 18 torres, de onde dá para ver Lisboa de vários ângulos. Enfim, vale a visita? Vale sim, mas saiba que você não vai entrar num castelo como os dos filmes ou desenhos da Disney, mas no que sobrou de um castelo. Vale a bela vista, especialmente se o dia estiver ensolarado. Vale muito visitar também a câmara escura, onde um jogo de espelhos mostra diversas partes da cidade espelhadas dentro dela.

O castelo
O castelo

E mais uma do belo pôr-do-sol.

Sunset in Lison
Sunset in Lisbon

Para terminar o dia, apenas passamos em frente a Igreja da Sé – já que era caminho para o hostel – e resolvemos enganar nosso estômago com uma Bifana, aquele lanche de pão com pernil que já havíamos comido em Porto antes. Fomos para o hostel e aguardamos o jantar lá. Por 10 euros, o hostel oferece uma refeição completa e naquela noite valeu a pena: sopa de abóbora, arroz e frango com sobremesa e bebida. Tudo uma delícia. Demos ainda uma passeada na Rua Augusta, que lá é uma rua de comércio.

No dia seguinte iríamos para outra cidade próxima à Lisboa…