Lisboa – Torre de Belém, pasteizinhos e Mosteiro

E o último dia da viagem entre Espanha e Portugal chegou e com ele uma tristezinha de deixar para trás uma Portugal linda e com um inverno friozinho, porém ensolarado! Sim, já estava completamente apaixonada pelo país mais caloroso que visitei!

Até então, todas as atrações visitadas eram relativamente próximas ao hostel e fizemos tudo a pé. Mas para ir a região onde ficam a Torre de Belém e o Mosteiro precisamos pegar o bondinho. Quando chegamos na Praça do Comércio, de onde partia o bondinho, ficamos na dúvida qual era o lado certo da rua para pegar o bonde e apareceu uma morador de rua falando inglês perguntando se precisávamos de ajuda. Perguntamos em português qual era o lado certo, ele foi muito gentil e nos ajudou e, em seguida, uma cena muito desconfortável: ele perguntou se podíamos ajudá-lo com trocados e começou a chorar. Demos algumas medas e continuamos o caminho sentindo o desconforto da cena.

O bondinho estava bem cheio e chegamos no destino em uns 20 minutos. A primeira parada foi o Mosteiro dos Jerônimos.

Por dentro
Por dentro

Como tudo em Portugal, o valor do ticket para o mosteiro foi bem em conta, já que compramos o combo junto com a visita a Torre de Belém, que custou 12 euros. Eu ainda tinha vínculo com a USP, então apresentei minha carteirinha de estudante que eles aceitaram e paguei meia. O mosteiro é muito bonito por dentro e algumas partes impressionam pela grandeza, como o local onde era o antigo refeitório e a igreja que nos faz sentir grãos de areia diante de seu tamanho. Sem contar que o mosteiro começou a ser construído em 1501, ou seja, o tal do Brasil estava “sendo descoberto” ainda e o mosteiro já estava começando lá.

A igreja
A igreja

Num dos saguões há uma extensa linha do tempo narrando a história do mundo com a história de Portugal e confesso que lemos tudo, pois era bem interessante!

Saindo do mosteiro, basta cruzar o jardim e passar por uma passagem subterrânea e chegamos ao Padrão dos Descobrimentos. Este monumento exalta Portugal em sua fase desbravadora, quando era o umbigo da Europa (já que hoje é o c…). O monumento é muito bonito e pagando apenas 2 euros, pode-se subir até o topo. Não tinha praticamente ninguém quando entramos – não sei se não é um ponto muito popular ou se porque era inverno e havia poucos turistas mesmo. A vista de lá não é nada “wow” e além de estar ventando muito no dia, o muro era um tanto quanto alto e precisei realmente levantar o pé para poder ver algo.

O mosteiro visto do alto do Padrão dos Descobrimentos
O mosteiro visto do alto do Padrão dos Descobrimentos

O monumento fica bem no porto de Lisboa, então aproveitamos para fazer uma caminhadinha beirando o mar até o próximo destino: a famosíssima Torre de Belém.

Padrão dos Descobrimentos
Padrão dos Descobrimentos

A Torre de Belém foi uma certa decepção. A Torre em si é bonita por fora, mas por dentro realmente não tem muito a ser visto… quer dizer, tem a arquitetura em si, mas não há nada exposto para ser visto. Além disso, as escadas em espiral são muito estreitas e fica um vai e vem de gente o tempo todo. A Torre até tem um sistema para controlar o fluxo (em cada andar uma luz acende para indicar se naquele instante é o fluxo de descida ou subida), mas quem disse que turista respeita isso?

Torre de Belém
Torre de Belém

A Torre foi concluída em 1519 e é um dos pontos turísticos mais conhecidos e emblemáticos de Lisboa e de modo algum estou dizendo que a visita é uma total perda de tempo e dinheiro, porém a grande atração mesmo é a visão que se tem de lá, tanto do mar como da cidade.

Eis a bela vista!
Eis a bela vista!

Saindo de lá, fomos comer o famosíssimo Pastel de Belém no único lugar onde os portugueses afirmam que se vendem o “de verdade”, já que todos os outros lugares venderiam apenas o pastel de nata.

Desde 1837!
Desde 1837!

Obviamente havia uma fila gigante, mas era só para quem iria levar para viagem. O lugar é i-men-so! Quando você acha que a “padaria” acabou, aparece um porta que te leva a outro salão. Acabei pedindo um pedaço de pizza, um travesseiro (doce típico) e claro, um pastel de Belém porque gula pouco é besteira. Primeiro que a pizza estava exposta na vitrine, o garçom pegou e me serviu gelada. GE-LA-DA. Não consigo imaginar essa cena aqui no Brasil, mas como já ouvi dizerem, português leva tudo ao pé da letra e eu não pedi para esquentar. Eu fiquei sem graça de pedir, na verdade, porque imaginei que se ele me deu fria era porque as pessoas comiam assim. Enfim, comi a pizza fria, o travesseiro e o pastel de Belém. E na boa? O pastelzinho deles nem era assim tão diferente dos outros pastéis que comi em outros lugares.

O pastel e o travesseiro
O pastel e o travesseiro

De lá pegamos o bonde de volta, andamos por algum pontos da cidade para bater umas fotos, demos uma volta na Rua Augusta novamente, nos rendemos ao cansaço e voltamos ao hostel onde resolvemos jantar novamente pelos tais 10 euros. Nesta noite o jantar deixou a desejar: as costelinhas de porco mal deram pro gasto e continuei com fome. It was a trap!

Fê Pessoa
Fê Pessoa

No dia seguinte acordamos bem cedinho, pegamos um café pra viagem e fomos para o aeroporto. O sistema de transporte público é bem bacana na cidade, pois chegamos lá apenas de metrô e foi relativamente rápido. Já no aeroporto, a fazer check-in, o funcionário da Ryanair me perguntou porque eu estava indo para Dublin e expliquei que era meu próximo destino antes de voltar ao Brasil. Aí ele quis saber quando eu voltava para terras tupiniquins e não satisfeito, exigiu ver minha passagem de volta. Sorte minha que quando viajo ando com uma pastinha com tudo que vou usar na viagem e mostrei a passagem. O T. que estava morando em Dublin com visto de estudante precisou mostrar o GNIB dele. E quando o portão de embarque foi liberado, precisamos passar pela checagem de passaporte antes de embarcar… Só então que notei que todas as vezes que viajei pela Europa, só havia essa neura de checagem de passaporte quando o destino era Irlanda ou Reino Unido, para todos os outros países você simplesmente embarca.

Cheguei em Dublin super cansada, óbvio, mas super feliz também. Voltei para a casa da Bárbara e descans… oh wait! Claro que eu não ia ficar uma tarde toda descansando! Não durmo em viagem! Mas o que eu fiz em Dublin antes de voltar ao Brasil fica pro próximo post que, hopefully, será o último da série Eurotrip 2015! 😉

Impressões de Portugal

Acho que ficou claro na sequência de posts sobre o país que eu simplesmente amei Portugal! As pessoas são calorosas e simpáticas, os portugueses falam inglês com um sotaque incrível e tudo lá e muito barato se comparado com outros países europeus. A comida é divina, os doces são maravilhosos e todos os lugares que passei eram lindos. Eu certamente recomendo a visita e gostaria de voltar ao país futuramente e conhecer mais um pouco deste lugar lindo! Portugal <3.

E para terminar, um link com algumas expressões portuguesas que nos deixam meio confusos… 😉

Ahhh Lisboa! (Sim, sou eu)!
Ahhh Lisboa! (Sim, sou eu)!