Irlanda do Norte II

Assim que saímos do museu, tentamos localizar o Giant’s Causeway no GPS sem muito sucesso. Aí ocorre o inesperado: paramos o carro na rua enquanto fuçávamos o bendito GPS e um norte-irlandês parou seu carro do nosso lado perguntando se estávamos perdidos e se poderia nos ajudar. Eu saí do carro para explicar para ele nosso destino, e ele não só explicou o caminho como fez questão de programar o GPS. Ficamos surpresos.

Mais 1h30 de viagem depois, com direito a deslumbrar belas paisagens norte-irlandesas, chegamos ao nosso destino.

Parada 2 – Giant’s Causeway

Mas o que é isso? A Calçada dos Gigantes não é uma atração turística conhecida por nós, brasileiros. Eu só ouvi falar dela quando cheguei aqui na terra dos leprechauns. Bem, é uma formação rochosa que parece ter sido construída, tamanha a perfeição do encaixe das pedras, porém, é mesmo uma formação natural. Outro ponto importante é a lenda irlandesa que existe sobre o lugar, que a Wikipedia vai explicar para vocês:

“Segundo uma lenda irlandesa um gigante chamado Finn MacCool queria enfrentar numa luta um gigante escocês chamado Benandonner, mas havia um problema: não existia uma embarcação com tamanho suficiente para atravessar o mar e levar um ao encontro do outro. A lenda diz que MacCool resolveu o problema construindo uma calçada que ligava os dois lados, usando enormes colunas de pedra. Benandonner aceitou o desafio e viajou pela calçada ate à Irlanda. Ele era mais forte e maior do que MacCool. Percebendo isso a esposa de Finn MacCool, de forma muito perspicaz decidiu vestir seu marido gigante como um bebê. Quando Benandonner chegou à casa dos dois e viu o bebê, pensou: “Se o bebê é deste tamanho, imagine o pai!”, e fugiu correndo de volta para a Escócia. Para ter certeza de que não seria perseguido por Finn MacCool destruiu a estrada enquanto corria, restando apenas as pedras que agora formam a Calçada dos Gigantes.”

Interessante, não? Fizemos uma trilha pelos pontos mais importantes do local. Demos sorte, pois apesar do frio, quando chegamos alguns raios de sol brilhavam e nossa visita ficou bem mais agradável.

Parada 2 – Dunluce Castle

Pedimos sugestões sobre algum lugar interessante naquela região aos funcionários e nos recomendaram o Dunluce Castle. Pegamos um folheto que dizia que este era um dos castelos mais românticos da região. Bem, quando chegamos, achamos que o castelo fosse qualquer coisa, menos romântico. É um castelo em ruínas que data do século 17, aproximadamente. Ele é cercado por degraus de pedras bem escorregadias (meu All Star que o diga) e fica de frente para o mar. Eu, com minha imaginação fabulosa, fiquei pensando como seria morar naquele castelo no século 17. Sem energia elétrica, no inverno, de frente para o mar. Confesso que fiquei mais feliz em estar no século 21 numa casa quentinha, apesar de ter bem menos glamour.

Parada 3 – Carrick-a-Rede Rope Bridge

Existe uma ponte de corda que, teoricamente, é super perigosa, porque como eu já disse, é de corda. Nós não tínhamos a intenção de cruzá-la, primeiro porque custava £5,50 (cerca de 21 reais) e segundo, porque não levava a lugar nenhum. Porém, o caminho que leva até ela por si só faz a visita valer a pena, pois a visão do mar e das colinas é linda. Chegamos até o portão que levava a ponte, espiamos e concluímos que, de fato, não valeria pagar para atravessá-la.

Ainda tínhamos a intenção de voltar a Belfast para dar uma volta pela cidade, mas como saímos da costa norte da Irlanda do Norte (percebeu que eu estava bem no norte mesmo, né?) por volta de 19h, logo, tivemos que ir direto de volta para Dublin e encarar quase 3h30 de viagem.

Chegamos no aeroporto, devolvemos o carro sem nenhum problema e voltamos para a casa! 🙂

Qual será o próximo destino agora?

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Irlanda do Norte I

Eu já expliquei neste post que a Irlanda e a Irlanda do Norte são dois países distintos. A primeira é uma república independente e a segunda faz parte do Reino Unido e não utiliza o Euro, e sim a Libra Esterlina usada na Inglaterra.

Muito mais importante do que saber isso, é saber que eu fui para lá, conquistando meu 8º país (eu incluo o Brasil nesta conta, porque, afinal, se eu nasci lá, eu estive lá! Procede?).

Existem tours que saem daqui de Dublin para o país vizinho (e para outros lugares da Ilha Esmeralda também), mas eu não sou fã de pacotes de viagem, tours prontos e afins. Eu me sinto presa à empresa e à programação. Prefiro fazer a viagem no meu ritmo, ficando o tempo que quero em cada lugar e decidindo onde ir em seguida. Para não comprar um destes tours, juntamos uma galerinha e alugamos um carro. Só por curiosidade, aqui na Irlanda não se aluga carro para menores de 21 anos. Se o motorista tiver 22 ou 23, já pode alugar, mas o valor do aluguel quase quadruplica. A situação melhora se você já tiver 25 anos, pois consegue alugar carros pequenos por tão pouco quanto 20 euros. Além disso, é necessário ter carteira de motorista há pelos menos 2 anos e um cartão de crédito internacional que será utilizado na reserva. Por incrível que pareça, a única pessoa que atendia à todos os requisitos era eu. A feliz portadora de uma carteira de motorista desde 2007, com 25 anos de idade (mas cara de 20, que fique bem claro) e cartão de crédito internacional que não dirige. Aluguei o carro no meu nome, me sentindo a motorista quando fui retirar o veículo no aeroporto, preenchendo formulários (e ouvindo elogios ao meu “inglês magnífico” por parte da funcionária da locadora- desculpem, precisava contar esta) e entregando as chaves na mão de um motorista mais experiente para o bem de todos os passageiros. C’est la vie!

Lebrem-se de que aqui a mão é invertida, o que significa que deve se manter sempre à esquerda. Isso dá um nó no cérebro, e a viagem começou com muita emoção, invadindo uma rua na contramão por onde passam os trilhos do Luas, o trem de superfície da cidade. Felizmente, todos sobreviveram.

De Dublin até a fronteira com a Irlanda do Norte não é muito longe, creio que levamos pouco mais de 1h de carro.

Parada 1 – Belfast/ Titanic Museum

Chegamos a famosa cidade de Belfast, capital do país. Não era o lugar mais importante da viagem, apesar de termos pesquisado algumas atrações e pontos de interesse, como o muro que separa o lado protestante do lado católico e alguns prédios do governo e castelos no caso de termos tempo. Como fizemos um bate-e-volta até o país vizinho, nos contentamos em passar apenas no Titanic Museum. Mas como disse, apenas passar, pois além de o ingresso custar cerca de 13 libras (mais de 40 reais), não tínhamos muito tempo.

Museu do Titanic

O prédio é muito bonito, como se vê na foto. Na parte de trás, há um memorial com o nome de todas as vítimas do naufrágio e também de oito pessoas que morreram durante a construção do navio. Chegamos a entrar no saguão do museu, mas não deu para ver muita coisa.

Depois da breve visita a Belfast, continuamos nossa viagem com destino ao Giant’s Causeway, a cerca de 1h30 da capital…

[continua]