O último post da viagem a maravilhosa Budapeste.
Depois da visita ao Sapatos do Danúbio, seguimos andando pela cidade. Vou contar uma coisa meio boba, mas acho que alguns podem se identificar (se não, sou boba sozinha mesmo). Vocês já viram no jornal aquelas notícias de onda de calor na Europa? Já prestaram atenção nas imagens que mostram enquanto o repórter está dando as informações? Geralmente são pessoas na água: fontes, chafarizes, rios. Pois bem, achamos isto e pensei “eh, estou na verão europeu mesmo”:
Os jatos de água faziam uma dança e as pessoas entravam e saíam, se divertindo. Achei bem legal e fiquei um tempinho brincando. E bem perto desta brincadeira, achei outra coisa interessante:
É claro que não tem nada a ver com o filme, mas achei bacana.
A guia do walking tour nos deu várias dicas de pratos típicos húngaros e comidas que deveríamos provar. Eu queria muito experimentar o tal langos, e aí não sei se rolou um mal entendido, mas ela nos indicou um restaurante que era “muito barato” e vendia diversos pratos típicos, incluindo o bendito. Cruzamos a cidade até bem perto do distrito judeu só para comer lá e quando chegamos, surpresa: não vendiam langos! O local estava cheio e parece que ar condicionado não era algo que eles conheciam, pois estava super abafado. Frustrados, resolvemos sair e voltar ao Mercado Municipal para comer langos.
Passamos pelo distrito judeu no caminho, aproveitando a burrada para fazer algo de útil, e finalmente chegamos ao Mercado. A fila estava grande, como das outras vezes que fomos, mas aguardamos. Uma dica: tenha florins com você, do contrário eles te exploram muito. Como já era o último dia, nossos florins já haviam acabado, mas eu estava passando meu cartão de débito do banco finlandês em todos os lugares e estava indo tudo muito bem (ao contrário do Brasil, os bancos trabalham com a cotação oficial do dia e não cobram taxas abusas por fazer comprar em outra moeda). Mas no mercado a maioria das barracas de comida só aceita dinheiro e quando aceitam euros, aceitam com uma cotação bem ruim. Naquele dia, vimos que 1 euro valia cerca de 315 florins, mas na barraca aceitaram a 300 e pior: o troco não era euros, mas em florins. Como só descobri isso na hora de fazer o pedido, não teve jeito: prejuízo para matar a vontade de comer a comida de rua mais típica do país, já que o langos para os húngaros é tipo nossa coxinha.

O langos é uma massa frita do tamanho de um prato. O básico é um molhinho com queijo e você pode ir adicionando outros ingredientes, todos cobrados à parte. No começo, com aquela fome, você vai comendo e amando – gorduroso e hiper calórico. Mas comer tudo isso não é tarefa fácil e exige um estômago bem treinado em comer comida gordurosa e nada saudável (algo que eu já não fazia há tempos tentando levar uma vida saudável em Oulu – e conseguindo). De qualquer forma, valeu a pena e minha dica é: não compre um inteiro para você! Se possível, compre um para dividir e coma outra coisa para terminar a refeição. Seu estômago e as veias do seu coração agradecem. Sério, é MUITO gorduroso.
De sobremesa, seguimos outra dica da guia e fomos até o Lidl, no subsolo do Mercado, para comprar o tal pöttyös. É uma espécie de queijo cottage coberto com chocolate e, segundo a guia, é uma das coisas que os húngaros mais sentem falta quando vão para o exterior e é algo que comem todos os dias, pois além de tudo, é baratinho. Cada um custou cerca de 90 florins no mercado, então é realmente bem acessível.
Eu achei o gosto bem “ok”, mas nada excepcional, mas entendo que o doce deve estar pra eles como a paçoquinha está pra gente. Talvez.
Voltamos ao hostel para pegar nossas mochilas e seguimos para a estação de ônibus. Viajamos pela empresa Regiojet e como é uma daquelas companhias de baixo custo, os ônibus não saem do terminal principal, mas da lateral da rodoviária, as é muito fácil achar porque os ônibus são amarelo-cheguei. Vou dar mais detalhes sobre a empresa no próximo post. 🙂
Conclusão
Budapeste é uma cidade linda e amei conhecê-la! Só tenho um arrependimento: não ter passado mais dias por lá. Ficamos 4 dias, mas a sensação é que ainda poderíamos ter feito tantas outras coisas como visitar a Ópera (que acabou não dando tempo), ido no outro spa de águas termais, visitado o Parque Memento (que é um museu à céu aberto com estátuas do período comunista) ou apenas ter sentado na beira do rio Danúbio num dos lindos dias de sol. Eu recomendaria de 5 a 6 dias na cidade para poder fazer tudo isto e talvez ainda não seria o suficiente.