Buenos Aires – Teatro Colón, San Telmo e La Bombonera

O terceiro dia de viagem, um domingo, começou pior que o dia anterior: um frio que eu não sentia desde Dublin piorado pela chuva e vento, que só faziam a sensação térmica ser ainda mais baixa. Mais uma vez, o dia convidava para fazer mais passeios indoors e fomos ao Teatro Colón. Só é possível entrar no teatro com o tour guiado que dura quase uma hora e custa 150 pesos para estrangeiros (uns 33 reais) – para argentinos custa menos da metade disso! Desta vez havia a opção de fazer o tour em inglês (brigada) e pude entender tudo que o guia falava (aliás, o inglês dele era impecável).

Teatro Colón
Teatro Colón

O guia conta desde a história da construção do teatro (como a morte dos dois primeiros arquitetos, coincidentemente, aos 44 anos) até detalhes da decoração e da restauração do teatro, que permaneceu fechado por alguns anos por conta disso. Como parte da visita, entramos no camarote mais caro e pudemos ficar lá por uns 5 minutos. Estavam arrumando o palco para alguma apresentação X que aconteceria em breve.

O teatro por dentro
O teatro por dentro

O teatro é conhecido por ter uma das melhores acústicas do mundo! Segundo o guia, Pavarotti ficou com receio de cantar lá, pois sabia que qualquer deslize poderia ser notado por causa da acústica perfeita. Eu achei o tour sensacional!

Quando saímos, o tempo estava ainda pior, mas não tinha como deixar o passeio seguinte para outro dia: a famosa e turística feirinha de San Telmo só acontece aos domingos!

San Telmo
San Telmo

Eu adoro essas feirinhas, sempre que acabo indo na região da Paulista de domingo ou feriado, dou uma olhadinha na feira que acontece no Shopping C3 e é difícil resistir e não sair com alguma sacolinha! Confesso que eu esperava bem mais da feirinha, mas confesso também que o péssimo tempo que fazia me deixou meio de mau humor e isso pode ter influenciado minha opinião. Não achei nada muito interessante nas primeiras barraquinhas que visitei e achei tudo meio chato até… como já passava da hora do almoço, resolvemos parar numa pizzaria pequeninha (e quente) para comer. A pizza não era lá essas coisa, mas pelo preço que pagamos, estava ótimo (52 pesos/11,50 reais). Quando saímos, a chuva já havia passado, então continuamos andando para achar a estátua da Mafalda, que fica na esquina da rua Defensa com a Rua Chile. Como era domingo e tinha a feira, havia fila para tirar foto com a mocinha de 6 anos – eu achei a foto péssima e resolvi voltar outro dia.

A mocinha, no dia seguinte, sem filas.
A mocinha, no dia seguinte, sem filas.

Eu, obviamente, estava procurando itens da Mafalda para comprar, mas não achei nada com preço bom e bem feito, até continuar subindo a rua sentido Plaza de Mayo. Numa barraquinha eu me acabei! Comprei um imã de geladeira, um marca-página, um chaveiro e um porta celular super fofos e bem feitos e tudo saiu por 80 pesos (R$17,80). Onde que eu compraria tudo isso aqui no Brasil por esse preço?

Overdose de Mafalda!
Overdose de Mafalda!

Ainda comprei um cinto de couro super legal por 150 pesos (33 reais). Tudo bem que na semana anterior eu havia ido a feirinha do C3 e comprado um cinto de couro, porém, inferior, por R$65,00… Acontece.¬¬

Já estava ficando meio tarde, então já era hora de ir ao La Bombonera, estádio do Boca Juniors. Mas como assim, Bia? Você visitando estádio de futebol? Quando não se viaja só, sempre é preciso ceder: você cede de um de lado e a(s) companhia(s) cede(m) de outro. Confesso que no fim, não achei o passeio tão chato, mas tiraria fácil do meu roteiro. Anyways, para chegar no bairro de La Boca, pegamos o ônibus 29 na rua Bolívar. Parênteses. basta sair um pouco do centrão de Buenos Aires que tudo fica meio estranho. Na av. 9 de julho tem corredor de ônibus, wifi nos pontos, pontos de ônibus cobertos, bem sinalizados e super modernos. Eu fiquei andando a rua Bolívar procurando a porcaria do ponto de ônibus pra descobrir que tudo que indica o ponto é um adesivo colado num poste. E cada ônibus para num “poste” específico. Te catar, né, Buenos Aires? Fim do parênteses. Entramos no ônibus e pedimos informação a um passageiro de onde deveríamos descer e o rapaz nos alertou para tomar muito cuidado, pois o bairro La boca era “muy peligroso“. Mas tipo, ele deve ter nos alertado umas 10 vezes durante o percurso.

Entrada do estádio
Entrada do estádio com uma photobomb

Conseguimos pegar o último tour guiado do dia no último segundo. O estádio não é muito grande, então deu pra fazer o tour e visitar os vestiários e o museu em uma hora. Se você curte futebol, vá. Se não curte, não tem nada lá pra você ver e você economiza 90 pesos (20 reais) – passe em frente, tire fotos e vá conhecer o Caminito.

Inside
Inside

 O restante da visita ao La Boca eu deixo pra contar no próximo post. Só adianto que nada me aconteceu lá e o bairro não me pareceu tão peligroso como o rapaz disse.

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