Riga, capital da Letônia

Cheguei em Riga sozinha às 21h. Eu havia me informado com o hostel sobre a segurança no local e me afirmaram que era muito seguro. Mesmo assim eu corri os 1,5km de distância entre rodoviária e acomodação! Felizmente, as ruas estavam bem movimentadas e não me senti em perigo em nenhum momento, mas como eu sou de São Paulo, desconfio de tudo e de todos mesmo. :/

Eu me hospedei no Central Hostel e foi um dos melhores hostels que já fiquei! Optei por um dormitório feminino com apenas 5 camas por 7 euros a diária e a decoração do quarto era muito fofa! Aliás, o hostel todo era muito fofo e extremamente organizado, além de ser muito limpo e contar com staff muito prestativo e simpático. Não oferecem café-da-manhã, mas há chá, café, leite e achocolatado disponível o dia todo e como notei que alguns hóspedes acabam deixando para trás pão e cereal, dá quase para dizer que dá sim para começar o dia comendo lá.

O quarto muito fofo do hostel
O quarto muito fofo do hostel

Infelizmente, o tempo ruim me seguiu até Riga e estava muito frio no primeiro dia, com chuvas leves e um vento bem chato. Saí do hostel, passeei um pouco pelo centro histórico e fui encontrar o guia do tour que saía às 11h da Igreja de São Pedro. Há dois walking tours na cidade, um que cobre a Cidade Velha (Old Town) e outro que cobre outras partes de Riga. Eu fiz o da Cidade Velha no primeiro dia e o outro, no segundo – porque walking tour nunca é demais! 🙂

 O tour começa com o guia contando várias curiosidades da Letônia, claro, além de dar um panorama histórico. Assim como na Estônia, há muitos russos vivendo no país e isso fica bem claro porque praticamente em todo lugar se vê informações escritas em russo. O tour segue para a parte de trás da Igreja de São Pedro, onde tem uma escultura de 4 animais bem famosa, Os Músicos de Bremen. Ela homenageia o conto de mesmo nome escrito pelos irmãos Grimm e está lá pois foi um presente de sua cidade irmã, Bremen, na Alemanha.

Os músicos de Bremen
Os músicos de Bremen

Passamos por outros locais, onde o guia ia explicando de tudo um pouco, como a origem do nome da cidade, por exemplo – o que é de praxe em qualquer tour. Chegamos no famoso cartão postal da cidade, o prédio com os gatinhos no telhado!

Miau!
Miau!

O prédio fica na Meistaru 10/12 e é conhecido como Cat House. O guia disse que a história (ou lenda?) sobre o prédio é que ele foi construído por um mercador muito rico que, na verdade, queria fazer parte de uma associação alemã que tinha sua sede no prédio em frente ao dele. Como seu pedido foi negado, ele quis se vingar e mandou colocar os gatinhos no topo das torres com o “bumbum” virado para o prédio da outra associação. O pior é que a associação alemã achou isso tão ofensivo, que levou o caso ao tribunal! No fim, ficou decidido que o bumbum dos gatinhos deveria ser virado para o outro lado. Se esta história é verdadeira ou não, não sei, mas que o prédio é bem bonitinho, isso é!

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Paramos num ponto aqui e outro ali, historinhas e tal e o tour acabou dentro de um bar. O lado bom é que estava tão frio que eu mal via a hora de terminar e poder entrar num lugar quentinho; o lado nem tão bom é que este bar era do amigo do guia e fomos levados lá justamente para fazer propaganda do local – o que não é assim péssimo, eu sei, mas não é uma dica genuína de bar, né? Para quem bebe, o guia deu um “vale” para comprar uma cerveja e beber outra de graça, mas eu estava sozinha e eu não sou assim tão fã de cerveja para encarar um litro.

Ao fim, saí andando pelo cidade e fui até o Museu das Ocupações da Letônia, que cobre o período de 1940 a 1991. A entrada é gratuita e o museu ocupa apenas um andar, sendo mais informativo do que interativo e tem mais coisas para ler do que ver, por exemplo.

O museu
O museu

Do museu, segui para o distrito de Art Nouveau, onde há um museu. O distrito é famoso pelo estilo dos prédios e é bacana para quem curte ou é de arquitetura – eu olhei, achei bonito e dei meia volta. De lá passei por um parque que estava lindo com as folhas amarelas da estação, mas ao mesmo tempo intrigante. O que é isso?

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Em seguida, passei pela Catedral da Natividade, também num estilo meio ortodoxo, construída no fim do século 19 quando o país estava sob o domínio do Império Russo. Ela é bem bonita por fora e a entrada é gratuita.

catedral

Voltei ao Cento Histórico, onde almocei no primeiro restaurante de kebab que achei (saudade dos kebabs de Budapeste! <3) e segui para a Academia de Ciências da Letônia, mais conhecido como o “Prédio do Stalin”.

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A primeira vez que vi este prédio foi em Varsóvia, na Polônia. E depois, claro, vi outros na Rússia, em Moscou. O estilo é mesmo conhecido como Stalinista e há outros prédios parecidos com ele em outros países que já foram parte da União Soviética. É possível subir no 17º andar para se ter uma visão panorâmica de Riga pelo valor de 5 euros. Eu achei caro, mas já estava lá e resolvi subir mesmo assim. O tempo estava péssimo: nublado, chuvoso e ventando e é claro que eu era a única louca lá em cima. Fiquei um tempo e a ideia era esperar para ver a cidade à noite também, mas estava tão frio e ventando tanto que não deu para seguir com o plano.

Riga lá de cima
Riga lá de cima

O engraçado é que do nada apareceu um senhor gravando um vídeo no celular. Pediu que eu gravasse um vídeo dele e começou a puxar papo comigo. Final da história: fui tomar um café com um senhor de 65 anos que nasceu no Chile, mas mora na Suécia há mais de 30 anos e viaja sozinho porque a esposa trabalha e não pode o acompanhar. Pois é!

Quando saí do café já havia escurecido, então apenas andei mais um pouco pela cidade a procura de lembrancinhas e retornei ao hostel. Ao fim do primeiro dia, eu já tinha certeza que havia gostado mais de Riga do que de Tallinn, se é que é possível fazer essa comparação. 🙂

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2 comentários sobre “Riga, capital da Letônia

  1. Oi! Descobri teu blog há pouco tempo (pelo Barbaridades) e estou adorando ler sobre sua viagem pelos países bálticos. Moro na Ucrânia e pretendo conhecer esses países enquanto estiver por aqui. Abraços!

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