Sobre a percepção de calor

São Paulo está tendo um dos verões mais quentes dos últimos anos e as temperaturas estão passando fácil dos 30 graus todos os dias. As pessoas reclamam do calor (mas o negócio é reclamar, porque em julho reclamam do frio também), querem ventilador e ar condicionado ligados na potência máxima. Reclamam que transpiram muito, que não conseguem dormir à noite, que está tudo um inferno de quente. Enfim, as pessoas estão incomodadas. Mas não eu, eu não estou incomodada. Eu nem sinto tanto calor assim, apesar de ter a certeza que nunca passei um verão tão quente, pois nunca antes nos meus 26 anos de vida havia precisado lavar os cabelos diariamente porque a raiz fica encharcada de suor (sim, eu saio de casa e sinto minha cabeça inteira ficando molhada- passo a mão próximo a raiz e é só suor!). Mas ainda assim, o calor não me incomoda porque eu não sinto todo este calor (apesar do suor no cabelo) e só me dei conta disto realmente esta semana, ao estar caminhando e ver que o termômetro de rua (São Paulo está cheio deles agora) marcava 35 graus e eu não estava morrendo de calor. Sério, eu não estava mesmo, pelo contrário, estava curtindo o calorzinho enquanto caminhava.

Eu não fiquei uma noite sem dormir por conta do calor (aliás, tem noite que até durmo com um edredom leve), eu não abri a minha boca para reclamar dele nem um dia sequer. E eu entendi que minha percepção de calor está diferente do resto da população paulistana e diferente do que era antes de eu ir para a Irlanda.

E isso aconteceu quando eu voltei dos EUA. O inverno lá foi tão rigoroso quando era au pair (chegou a -27 graus, com uma média de 10 negativos e dificilmente passando dos 2 graus e neve, muita neve) que quando eu cheguei aqui, no inverno, eu não sentia frio. Ano passado, duas semanas depois de eu ter voltado da Irlanda, as temperaturas em São chegaram a 6 graus (o que é muito frio para o padrão paulistano), eu via todo mundo saindo com várias camadas de roupa e eu só com um casaco. E agora é o tal calor que não me incomoda! Devo ter sentido tanto frio na Irlanda por tanto tempo que parece que ainda estou compensando! hahaha…

E a previsão para a semana que vem é de ainda mais calor (acho que passa dos 35!) e eu estou feliz da vida, usando todos os meus vestidos e saias por aí! Climaticamente falando, estou mais feliz no forno paulistano do que estava na geladeira irlandesa em janeiro passado! Mas claro, eu sou a unica paulistana que não tem reclamado… hehe…

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6 comentários sobre “Sobre a percepção de calor

  1. Bia

    Poxa, 50º já é ignorância também! Mas aqui em Sampa a sensação térmica chega aos 40 graus em alguns dias e eu estou adorando! Mas acredito que não estaria tão feliz assim no verão 2015.

  2. Gente, você tá compensando pelo frio que passou aqui, só pode!

    Eu sinto calor com mais de 20 – você não lembra como eu tava aqui, já reclamando quando fazia muito sol? Não podia estar mais feliz com as temperaturas abaixo de 10 e fico pensando em como seria voltar pros 30 e poucos do verão paulistano. Eu, hein!

    1. Bia

      Lembro de vc todos os dias por isso! Penso “A Bárbara estaria odiando estar em Sampa agora”.
      Agora já passa de meia-noite e está 23 graus! Acredita? Acho que amanhã passa de 35, mas eu não me incomodo desde que esteja de saia/vestido, porque os dia que precisei sair de calça, deusdocéu, quase assei dentro das roupas!

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