Amsterdã, Holanda III

Agora vamos encarar os fatos: Amsterdã te faz pensar no quê? Sexo e ervas de Jah, não é mesmo?

Pois fui dar umas voltas na famosa Red Light, o bairro da luz vermelha. Calma, calma, a região é um lugar muito seguro e casa de muitas famílias (inclusive, vi até crianças brincando na rua). A indústria do sexo e da maconha é só um detalhe.

A Red Light District existe desde do século 14 (ou seja, o Brasil nem existia e já rolava de tudo por lá) para suprir a necessidade de companhia feminina (if you know what I mean) que os marinheiros sentiam ao atracarem na cidade. Hoje em dia, a região é cheia de puteiros “casas de tolerância”, lugares que você finge que vai para tomar café, mas fuma maconha coffee shops, sex shops, bares e otras cositas.

A Disney para maiores de 18 anos
A Disney para maiores de 18 anos

A prostituição é legalizada na Holanda, ou seja, os bordéis têm autorização para funcionar e as meninas pagam impostos como qualquer outro trabalhador. As ditas profissionais do sexo ficam expostas em vitrines, vestindo apenas lingerie, tentando seduzir possíveis clientes. Aí você pensa que só tem mulher gostosona, né? Pois eu vi mulher para todo gosto: alta, baixa, gorda, magra, feia, bonita, loira, morena, negra, ruiva. Não é permitido fotografá-las na vitrine e a menos que você queira confusão, melhor nem tentar. Eu só fotografei com as cortinas fechadas, como na foto abaixo.

Vitrines do sexo
Vitrines do sexo

A guia do walking tour que fiz contou que as cabines são alugadas por valores entre 70 e 250 euros por um período de 8 horas, dependendo da localização, portanto, as trabalhadoras precisam recuperar o investimento feito e cobram, em média, 50 euros por 15 minutos. Pois é.

Mas nem só de sexo viverá o turista a Red Light, mas de ervas também. Não só a prostituição, mas também a maconha é legalizada no país. A guia do tour apontou um dado muito interessante sobre o consumo da droga: apesar de ser legalizada, a Holanda não está nem entre os primeiros países que mais a consomem na Europa, ou seja, os maiores consumidores são mesmo os turistas.

"Tô vendendo ervas que curam e acalmam..."
“Tô vendendo ervas que curam e acalmam…”

Na região há lojas que vendem os mais diversos tipos de erva e para consumir a compra, basta ir a um dos diversos coffee shops. Por ser permitido fumar dentro dos estabelecimentos, os coffee shops não têm autorização para vender nenhum tipo de bebida alcóolica. Resolvi que deveria ir no mais famoso do lugar, o The Bull Dog.

Um dos centenas de coffee shops da cidade
Um dos centenas de coffee shops da cidade

Sentei no bar, olhei o menu de bebidas, pedi e tomei um chocolate quente like a boss enquanto sentia um cheiro meio adocicado no ambiente. Ok, confesso que nunca me senti mais tonta na vida tomando uma bebida de criança (que eu bebo todo dia de manhã, diga-se de passagem) enquanto a galera fazia algo além de tomar seus respectivos cafés. Mas enfim, eu posso dizer que fui a um coffee shop, não é mesmo?

Na região ainda há o museu da maconha e o museu erótico, além de tantos outros estabelecimentos dedicados à diversão de maiores de 18 anos, como vocês podem conferir nas fotos abaixo.

O Moulin Rouge que eu conhecia era um pouco diferente...
O Moulin Rouge que eu conhecia era um pouco diferente…
"What she asked of me at the end of the day, Caligula would have blushed..."
“What she asked of me at the end of the day, Caligula would have blushed…”
Seeds
Seed

Saí do The Bull Dog, dei mais umas voltas e sentei na beira de um canal para outro momento de autorreflexão. Voltei para o hostel já sentindo o cansaço dominando meu corpo sedentário no segundo dia de viagem.

Ando assim meio fragmentada e a bela cidade vai ter 4 posts. Depois de sexo e drogas (sem rock’n’roll), falarei de Anne Frank, bicicletas e flores no próximo.

Curiosidades

*A maconha é legalizada na Holanda desde 1976, mas isso não significa que você pode entrar num coffee shop e comprar a quantidade que quiser ou fumar onde quiser. É permitido portar até 5g da droga e seu consumo é restrito à alguns estabelecimentos. Aliás,  hostels e hóteis deixam bem claro aos hóspedes que não é permitido fumar em suas dependências.

*Na última década o número de coffe shops na cidade caiu de 1550 para pouco mais de 600. Isso porque as leis são muito rígidas e uma vez desreipeitadas já é motivo para o governo tomar a licença do estabelecimento e fechá-lo.

*Há cerca de 250 vitrines na Red Light.

*Não é permitido fotografar as prostitutas nas vitrines, mas esta daí estava na rua e bem, acabei fotografando.

Notou o detalhe da foto?
Notou o detalhe da foto?
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4 comentários sobre “Amsterdã, Holanda III

  1. Gente, tô aqui pensando: não fumo maconha nem utilizo serviços de prostitutas… acho que Amsterdã não é pra mim, né? hahaha

    Te entendo perfeitamente no lance de pedir chocolate quente no coffee shop. 😉 (não que eu já tenha ido, mas se eu for, vai ser a mesma coisa…)

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