A Gaol Kilmainham é uma prisão desativada que foi transformada em museu, em Dublin 8. Foi construída em 1796 e era comum haver enforcamentos na prisão até os idos de 1820. Depois disso, os enforcamentos e executamentos diminuíram, mas não cessaram até 1916, quando James Connolly foi executado por fazer parte da revolta.

Não havia segregação entre prisioneiros e homens, mulheres e crianças eram encarcerados. Sim, crianças! E as pessoas eram presas pelos mais variados motivos, desde pedir esmola na rua ou roubar batatas até estupro.
A prisão não tinha janelas de vidro, apenas grades para facilitar a circulação de ar e assim tentar evitar a disseminação de doenças contagiosas. A primeira pergunta que veio à minha cabeça foi “E no inverno?”. Bem, cada cela recebia uma vela para se aquecer e iluminar o local. Aí você pensa “Se aquecer com uma vela só?”. E a vela ainda deveria durar por duas semanas, ou seja, as pessoas viviam no frio e na escuridão.
Os prisioneiros ficavam em sua cela de 22 a 23h por dia, saindo para o pátio para fazer exercícios por 1 ou 2h.

As visitas são feitas apenas com guia e duram cerca de 1h e em época de férias ou feriado, o melhor é chegar cedo para garantir o seu lugar. O tour começa na capela, onde o guia conta dezenas de fatos sobre a prisão, a maioria relacionados com a história irlandesa em si. E o tour todo segue assim, com relatos dos prisioneiros mais famosos da prisão que, em sua maioria, estão relacionados à história irlandesa.

É uma visita muito interessante, especialmente para quem gosta de história. Ao contrário de Alcatraz (em San Francisco, CA, EUA), que surpreende pela construção em si, Gaol Kilmainham não faz muito sentido sem um guia para contextualizar o prédio e contar um pouco de sua história e dos que por lá passaram.
Achei esse passeio sensacional. Gostei muito de conhecer a prisão e um pouco mais da história irlandesa. Muito legal!
Sinistro! Esses irlandeses tem cada prisão que vou te dizer hein rs
Prissão aconchegante….No Brasilzão. nem os livres tem uma moradia assim.
ana