Depois daquele pedido discreto por um pouco de brrigadeirrrow, os desejos da Ella foram atendidos. Providenciei brigadeiro caseiro e também um pouco de beijinho. Não, não fui quem fiz.
Quando as encontrei na porta da escola, depois de felicitar a pequena aniversariante, as meninas só pensavam em uma coisa: cadê o brigadeiro? Elas não saberiam dizer meu nome se perguntassem, mas do brigadeiro elas não esqueceram. Fiz um mistério meio bobo e quando chegamos em casa, mandei todo mundo para cozinha e tirei o doce mágico da mochila.
Os olhos das pequenas irlandesas brilhavam. Acabaram com todo o brigadeiro em minutos. Estava muito bom, obrigada. Apresentei, então, o beijinho e expliquei como havia sido feito. Aí a história mudou um pouco. Passaram do olhar brigadeiramente alegre a desconfiança em poucos segundos ao verem o creme branco sobre a mesa. A mais velha, querendo ser a desbravadora de novos sabores, pediu que eu colocasse um pouco de beijinhow em seu prato. Experimentou sob o olhar curioso da irmã mais nova. Alguns momentos de tensão…
“Você gostou, Sophie?”
“Ah, não é tão ruim.”
“Beatriz, posso experimentar só um pouquinho do prato da Sophie?”
Com a falta de aprovação total da irmã mais velha, obviamente que a mais nova não aprovaria. O beijinho foi friamente rejeitado pelo paladar irlandês. Talvez o coco, matéria prima do doce, seja muito tropical para o gosto dos leprechauns.
Contudo, algo é certo: o brigadeiro ganhou o mundo.

Manda o beijinho para cá, oras!
Poxa, mas beijinho é tão gostoso! ainda mais quando fica na geladeira de um dia para o outro.
Pois é, mas as irlandesinhas não aprovaram! 😦
Manda o beijinho para cá, oras ! [2]